Hoje trazemos uma matéria de Mariana Lenharo, do Estadão.com, que saiu no Portal da Educação Física. Ela nos faz ver que o sobrepeso não é um problema real para a aparência, mas sim, para a saúde, pois, traz muitos problemas.
Leia a matéria:
Estar acima do peso é um fator de risco mais frequente para casos graves de problemas cardiovasculares do que fumar. É o que indica um levantamento do Hospital Beneficência Portuguesa, que analisou as 3.010 cirurgias de ponte de safena realizadas ali entre julho de 2009 e julho de 2010. O procedimento, tecnicamente chamado de revascularização do miocárdio, só é indicado quando existem lesões importantes nas artérias coronárias ou em múltiplos vasos impedindo o fluxo sanguíneo para o coração.
“O sobrepeso vem geralmente relacionado ao sedentarismo e aos maus hábitos alimentares, que facilitam o surgimento de diabete. Infelizmente, é uma epidemia. Tudo isso aumenta o risco das doenças cardiovasculares”, diz o médico Alexandre Souza, pesquisador do Centro de Ensino e Pesquisa da Beneficência Portuguesa. Dos pacientes que precisaram passar pela ponte de safena na instituição, 76,6% apresentavam sobrepeso e 70,6% tinham histórico de tabagismo.
O fator mais recorrente entre os pacientes operados foi a hipertensão, presente em 82% dos indivíduos. Outros fatores de risco que apareceram foram a diabete (36,6%), o colesterol ruim elevado (45%) e o histórico familiar de doença arterial coronariana (30%). Em quadros cardiovasculares mais leves, o paciente não precisa passar pela ponte de safena, tendo como alternativa a angioplastia, considerada menos invasiva.
Quando uma pessoa tem vários fatores de risco juntos, escapar da estatística dos safenados é difícil. Esse é o caso do mecânico Luiz Roberto Tarasco, um dos pacientes da Beneficência: ele costumava fumar seis maços de cigarro por dia, nunca conseguiu controlar as gorduras ingeridas e ainda passava por muito estresse no trabalho.
Além dos hábitos inadequados, Tarasco tem histórico familiar de doenças cardiovasculares: o avô teve acidente vascular cerebral (AVC) oito vezes e sua mãe e irmãs sofrem de pressão alta. Ele mesmo já havia passado por quatro enfartes e dois derrames no passado. Mas foi só depois de tudo isso que resolveu abandonar o vício. “Foi por causa de um cardiologista muito bravo que me atendeu. Ele me examinou e viu que eu estava com o cigarro no bolso. Disse que não ficaria dando murro em ponta de faca para quem não quisesse se ajudar”, conta. Naquele dia, ele jogou fora o último maço.
Souza diz que o cigarro, embora tenha tido seu consumo diminuído no País, ainda é um vilão do coração. “É um fator de risco importante e muitos pacientes voltam a fumar mesmo após terem enfarte.”
De todos os riscos que acompanharam Tarasco ao longo da vida, ele acredita que o estresse foi o principal. “Trabalhava como caminhoneiro fazendo transportes e tinha oficina mecânica. Tinha que cumprir metas e sabia que não conseguiria”, lembra. Hoje, aposentado, mais de um ano depois da cirurgia, faz fisioterapia e se ocupa de trabalhos sociais para não ficar parado. “Só não consegui tirar as carnes gordurosas do cardápio”, admite.
Como vimos na matéria, os problemas coronarianos são dependentes de vários fatores, sendo a má alimentação, o sobrepeso, o sedentarismo, o estresse e o tabagismo os principais deles. Portanto, sugerimos aos leitores entrarem em um programa de exercício físico orientado por um profissional de Educação Física, pois, a prática regular de exercícios físicos auxiliam na manutenção do peso, no controle dos exames laboratorias e aumenta a motivação do praticante em largar o vício do cigarro e a melhorar a alimentação. VENHA CUIDAR DA SAÚDE COM A INTEGRAL!
Fonte do texto: matéria de Mariana Lenharo, do Estadão.com, disponível no site Portal da Educação Física: http://www.educacaofisica.com.br/noticias/maioria-dos-safenados-tem-sobrepeso
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